"Eu entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas. Agora, se algum elemento individualmente teve sua participação, ele vai responder como cidadão", disse o ministro da Defesa, conforme informou o G1.
Múcio ainda disse à imprensa que os comandantes das Forças Armadas concordaram em punir os militares que participaram das invasões aos prédios dos três Poderes. O ministro participou da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os titulares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
"Os militares estão cientes e concordam que nós vamos tomar as providências. Evidentemente que, no calor da emoção, nós precisamos ter cuidado para que essas acusações sejam justas, para que as penas sejam justas. Mas tudo será providenciado em seu tempo", completou.
Os atos violentos promovidos por bolsonaristas no último dia 8 deixaram um rastro de destruição no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e, principalmente, no Supremo Tribunal Federal (STF). Os envolvidos no distúrbio extremista pediam uma intervenção militar para derrubar o governo de Lula, que assumiu no dia 1º.
Na tarde desta sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e do ex-secretário executivo da Segurança Pública do DF, Fernando de Souza Oliveira.
O objetivo da ação foi o de recolher evidências que ajudem a esclarecer por que essas autoridades deixaram de tomar providências efetivas para evitar as invasões no dia 8.