A Rússia fará tudo para garantir o acesso do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) aos soldados ucranianos em cativeiro, disse na sexta-feira (20) Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo.
"Apoiamos ativamente seus esforços para proporcionar acesso aos militares que acabaram em cativeiro. Faremos tudo ao nosso alcance para garantir tal acesso aos soldados ucranianos", disse Lavrov a Mirjana Egger, presidente da organização.
Segundo o ministro da Rússia, é importante que o CICV aja na Ucrânia de forma imparcial.
"Acreditamos que, para manter uma cooperação construtiva, a prontidão da Cruz Vermelha em agir imparcialmente sobre questões ucranianas usando seu mandato humanitário único será fundamental", apontou Lavrov, acrescentando que Moscou sempre respeitou este mandato e valorizou a natureza imparcial e despolitizada do trabalho do CICV.
"Espero que durante sua visita, especialmente durante a conversa atual, contatos no Ministério da Defesa, possamos discutir os problemas mais urgentes relacionados à proteção de civis e militares detidos", sublinhou.
Ao mesmo tempo, o chanceler russo acusou Kiev de violar flagrantemente o direito humanitário internacional.
"Gostaria de chamar mais uma vez sua atenção para as flagrantes violações do direito humanitário internacional por parte do regime ucraniano, e estas violações têm sido documentadas: você pode vê-las até mesmo nas redes sociais, por longos oito anos", disse Lavrov, sublinhando que a Rússia reafirmou seu compromisso de cumprir tais normas, incluindo as Convenções de Genebra.
"Tomamos todas as medidas de precaução para proteger os civis e as instalações."