O valor corresponde às vendas para reabastecer o equipamento militar entregue à Ucrânia por aliados da OTAN, disse o think tank Defesa das Democracias (FDD, na sigla em inglês), empresa que faz lobby para o setor bélico em Washington.
"Substituir o equipamento militar transferido para a Ucrânia pelos aliados da OTAN pode gerar cerca de US$ 21,7 bilhões (R$ 107,8 bilhões) em vendas militares estrangeiras ou vendas comerciais diretas para a indústria americana", disse o think tank.
O FDD acrescentou que, ao reabastecer as armas fornecidas à Ucrânia, essas nações da União Europeia poderiam "melhorar suas capacidades e construir uma dissuasão militar mais eficaz".
Segundo a publicação, "o aumento da demanda por equipamentos e munições americanos também incentivará a base industrial de defesa dos EUA a criar capacidade de produção adicional".
De acordo com a análise think tank, a atual capacidade de produção industrial dos EUA não pode suportar adequadamente o "esforço de modernização militar mais significativo do Pentágono em quatro décadas", que consiste em armar a Ucrânia e Taiwan.
Rússia: discussão de novos suprimentos a Kiev é provocação e sobe as tensões
Ontem (20), o Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou preocupação com as declarações de países ocidentais que prometeram mais apoio militar à Ucrânia.
Para Maria Zakharova, representante oficial do MRE russo, as falas são provocadoras e aumentam as tensões no conflito.
Zakharova também chamou a atenção para uma recente declaração de Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, que pediu aos parceiros que dessem a Kiev quaisquer armas que fosse capaz de usar.
"Consideramos tudo isso como o Ocidente instigando uma provocação gritante, e uma subida da fasquia no conflito, o que inevitavelmente levará a mais vítimas e a uma perigosa escalada", disse funcionária do governo russo.