O militar assumiu interinamente o comando do Exército em 30 de dezembro do ano passado, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL).
O substituto será o atual chefe do Comando Militar do Sudeste (CMSE), o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
Antes de ser demitido, Júlio César Arruda participou nesta sexta-feira (20) de uma reunião, no Palácio do Planalto, com Lula e os comandantes da Marinha, da Aeronáutica e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Foi a primeira reunião do presidente com os comandantes das Forças Armadas depois de Lula defender punição para militares envolvidos nos atos em Brasília no dia 8 de janeiro.
Novo comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva ganhou projeção após discurso incisivo em defesa da lisura do processo eleitoral brasileiro e do resultado das eleições.
"Ser militar é ser profissional, respeitar a hierarquia e a disciplina. É ser coeso, íntegro, ter espírito de corpo e defender a pátria. É ser uma instituição de Estado, apolítica e apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito", afirmou Paiva.
Na oportunidade, o general ainda disse que militares não podem aderir a correntes políticas, embora isso não signifique "que o cara não seja um cidadão, que o cara não possa expressar seu direito de ter uma opinião".
Segundo levantamento do jornal O Globo, Ribeiro Paiva foi chefe de gabinete do general Eduardo Villas Bôas. Ele assumiu o comando do CMSE em abril de 2021, ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A unidade é a segunda maior estrutura militar do país, abrange 59 organizações militares e tem um efetivo de mais de 17 mil militares.