Explosões solares são poderosas rajadas de radiação do Sol. Muitas vezes são precedidas por uma centelha anterior, descobriram pesquisadores da NorthWest Research Associates (NWRA), em Boulder, Colorado.
A descoberta, publicada no The Astrophysical Journal, ocorre após anos de sistematização de dados do Observatório de Dinâmica Solar da NASA, provenientes de um satélite que observa o Sol desde 2010.
"As imagens definitivamente ajudaram cientistas e meteorologistas a entender quando uma região ativa provavelmente produzirá explosões", disse o pesquisador sênior da NWRA, K.D. Leka.
Os cientistas descobriram que as explosões solares costumam estar associadas a um momento de brilho intenso, como quando se acende um isqueiro e as faíscas aparecem antes da chama. Esses flashes podem ocorrer até um dia antes das explosões solares.
Os cientistas observaram áreas escuras no Sol, que seriam locais onde seu campo magnético é particularmente ativo devido a contorções no interior da estrela. As contorções fazem com que o campo magnético do Sol se torça e fique emaranhado. Quando essas linhas de campo magnético voltam à sua forma original, uma enorme explosão de energia deve ser produzida na superfície.
Essas explosões podem se manifestar como uma erupção solar ou uma ejeção de massa coronal.
As explosões solares são capazes de causar danos aos nossos sistemas de energia e telecomunicações, mas geralmente são inofensivas para os seres humanos e outros seres vivos. Os pesquisadores acreditam que a descoberta vai permitir prever o surgimento de explosões solares.
"No futuro, combinar todas essas informações da superfície com a coroa [a atmosfera externa do Sol] deve permitir que os meteorologistas façam previsões melhores sobre quando e onde ocorrerão as erupções solares", disse a coautora do estudo e cientista pesquisadora da NWRA, Karin Dissauer.