Operação militar especial russa

Ex-chefe da agência espacial russa diz saber que arma foi usada no ato terrorista contra ele

Dmitry Rogozin descreveu os recentes avanços no equipamento militar russo e falou da recente tentativa das forças ucranianas de o matarem, possivelmente com a ajuda de "serviços secretos ocidentais".
Sputnik
A Rússia criou novos terminais de ligação por satélite para os militares, anunciou Dmitry Rogozin, chefe do grupo de conselheiros militares Tsarskie Volki e ex-diretor da agência espacial russa Roscosmos (2018-2022).
O grupo fornece ajuda técnico-militar às forças da República Popular de Donetsk (RPD) e da República Popular de Lugansk (RPL).
"Acredito que as comunicações espaciais nas tropas devem definitivamente existir. Produzimos os primeiros conjuntos compactos, eles já foram fornecidos a uma das brigadas de artilharia, e têm mostrado bons resultados", disse Rogozin em uma entrevista à Sputnik.
Segundo ele, os algoritmos foram melhorados para serem aplicáveis "ao longo da linha de frente, mesmo em condições de supressão de tais canais de comunicação através da guerra eletrônica do adversário".
Ao mesmo tempo, ele se recusou a dar mais detalhes, explicando que, caso contrário, seria mais fácil para o inimigo encontrar maneiras de interferir nos sinais de rádio.
Rogozin também elogiou as formações armadas da RPD e da RPL, que diz serem das que têm maior potencial de combate.
"São unidades que combatem lá há oito-nove anos, eles sofreram perdas colossais nesses anos", apontou o ex-chefe da Roscosmos, acrescentando que uma grande parte dos seus comandantes não tem formação militar especializada. No entanto, diz, muitos de seus combatentes se conhecem desde a infância.
Sobre os batalhões de voluntários, ele referiu que têm uma média de idades de entre 40 e 45 anos de idade, mas que há pessoas com 55 anos.
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"Esses guerreiros estabelecidos, homens que vieram de várias regiões, formaram essas unidades voluntárias e estão lutando com excelência. Estas são os BARS, reserva de combate especial do Exército. Em particular, trabalhamos muito de perto com o 11º BARS, ele é comandado por um comandante muito experiente. Seu nome é Artur", comentou.
"E posso dizer que devo muito a ele, inclusive minha vida, graças a suas ações muito eficazes durante o resgate de nossos camaradas, quando aconteceu o ataque terrorista [o bombardeio de um hotel em Donetsk em 21 de dezembro de 2022, onde estava Rogozin]."
Durante o incidente o chefe do Tsarskie Volki foi ferido por um fragmento de projétil e sofreu uma concussão.

A versão principal que está ligada a este atentado, a este ato terrorista, é, naturalmente, o trabalho operacional de sabotagem dos agentes ucranianos, e não apenas ucranianos. É possível que os serviços secretos ocidentais também tenham ajudado lá

Ele crê que conseguiram estabelecer a fonte dos disparos.
"Acredito que identificamos exatamente a peça de artilharia que disparou, que estava na distância e posição ideais para os tiros. Continuamos monitorando esta unidade de combate que disparou contra nós e, após regressar, espero encontrá-los e destruí-los", disse Dmitry Rogozin, sublinhando se tratar de uma questão de honra.
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