O ministro da Comunicação e Informação da Venezuela, Freddy Ñáñez, publicou um comunicado em suas redes sociais expondo os motivos da ausência do governante.
A declaração do governo venezuelano relaciona um suposto plano de ataque contra a delegação de Maduro aos Estados Unidos, apontando que não é do interesse norte-americano que a reunião ocorra.
"Nas últimas horas fomos informados, de forma irrefutável, de um plano elaborado no seio da direita neofascista cujo objetivo é levar a cabo uma série de ataques contra a nossa delegação, chefiada pelo presidente da República, Nicolás Maduro", diz parte da nota.
Mais cedo, a delegação brasileira informou a suspensão do encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Maduro.
A Venezuela enviará o chanceler da República à CELAC após saber de um plano de agressão contra a delegação e o presidente Nicolás Maduro.
O presidente da Venezuela limita ao máximo suas visitas ao exterior desde 2020, quando os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões (R$ 77,96 milhões) por sua captura, sob a acusação de narcoterrorismo.
Em setembro de 2021, Maduro quebrou o protocolo e desembarcou de surpresa no México para participar da cúpula da CELAC. Em novembro passado, ele esteve presente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2022 (COP27), realizada no Egito. Desde então não viajou mais para o exterior.
A participação de Maduro na cúpula vinha sendo defendida pelo governo argentino sob o argumento de que se trata de uma área de discussão da qual nenhum país da região está excluído.
Alberto Fernández, presidente argentino, destacou que a maior preocupação em relação à Venezuela é "promover o diálogo entre os venezuelanos, que a convivência democrática seja recuperada e que seus direitos sejam respeitados".