O Pentágono reconheceu que as tropas ucranianas estão sofrendo pesadas perdas em batalhas com as Forças Armadas russas.
"A Ucrânia também sofreu muitas baixas. A luta é muito intensa. Mas, por razões de segurança operacional, não posso ser mais específico", disse uma fonte militar sênior à Sputnik.
Segundo a fonte, os Estados Unidos e seus aliados não devem agora enfraquecer a assistência a Kiev na esfera de defesa.
Na semana passada, a revista Der Spiegel tomou conhecimento do relatório do Serviço Federal de Inteligência Alemão, segundo o qual as Forças Armadas da Ucrânia estão perdendo um número de tropas de três dígitos por dia nas batalhas de Artemovsk.
Em novembro, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, citou estimativas de especialistas, segundo as quais mais de 100 mil soldados ucranianos morreram no conflito. Posteriormente, essas palavras foram completamente removidas da gravação de sua fala. O serviço de imprensa de Von der Leyen explicou isso como uma imprecisão e afirmou que era "sobre os mortos e feridos".
Desde 24 de fevereiro, uma operação militar especial está ocorrendo na Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, chama o objetivo final da operação de libertação de Donbass e a criação de condições que garantam a segurança da Rússia.
Anteriormente, nesta segunda-feira (23), o Pentágono anunciou a intenção de manter o ritmo de fornecimento de armas à Ucrânia.
"A Rússia está empenhada em se reagrupar, recrutar e rearmar. Agora não é o momento certo para desacelerar quando se trata de apoiar a defesa da Ucrânia", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em entrevista coletiva.
Segundo Kirby, é importante que os aliados da Ucrânia não diminuam o ritmo de fornecimento de armas para a Ucrânia, porque agora não é o momento certo para isso.
Ele acrescentou que, nas condições atuais, os Estados Unidos não interromperão o fornecimento de armas a Kiev e continuarão a "treinar e armar" os ucranianos o mais rápido possível, pois a situação no campo de batalha permanece "móvel".
Ao mesmo tempo, o Pentágono enfatiza que é o comando ucraniano que planeja as operações para sua posterior implementação.
"Eles [os ucranianos] planejam e executam suas operações. Eles decidem quando e como realizarão suas contraoperações", disse Kirby.
A Rússia já havia enviado uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por causa do fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas à Ucrânia. O secretário de imprensa do presidente da Federação Russa, Dmitry Peskov, observou que bombardear a Ucrânia com armas do Ocidente não contribui para o sucesso das negociações russo-ucranianas e terá um efeito negativo.