"Esta decisão extremamente perigosa leva o conflito a um novo nível de confronto e contradiz as declarações de políticos alemães de que a Alemanha não quer ser arrastada para ele. Infelizmente, isso está acontecendo repetidamente", declarou o embaixador russo na Alemanha, Sergei Nechaev.
"Mais uma vez, estamos convencidos de que a Alemanha, como seus aliados mais próximos, não está interessada em uma solução diplomática para a crise ucraniana, estando determinada a sua escalada permanente e bombeamento ilimitado do regime de Kiev com armas novas e mortais. 'As linhas vermelhas' ficaram no passado", disse Nechaev.
"Essa decisão destrói os restos da confiança mútua, causa danos irreparáveis às já deploráveis relações russo-alemãs e coloca em questão a possibilidade de sua normalização em um futuro previsível", observa o comunicado.
"A escolha de Berlim significa a recusa final da Alemanha em reconhecer a sua responsabilidade histórica com o nosso povo pelos crimes terríveis e atemporais do nazismo durante a Grande Guerra pela Pátria, para esquecer o difícil caminho da reconciliação pós-guerra entre russos e alemães", acrescentou o diplomata russo, comentando a decisão de Berlim de enviar seus tanques para Kiev.
Nesta quarta-feira (25), o governo da Alemanha anunciou que decidiu fornecer às Forças Armadas ucranianas tanques de combate Leopard 2. A Alemanha pretende formar dois batalhões de tanques e, na primeira fase, um lote de 14 tanques Leopard 2A6 será dado das reservas do Bundeswehr, forças armadas alemãs. Além disso, o treinamento dos militares ucranianos na Alemanha será organizado em breve. Também haverá um novo pacote de assistência à Ucrânia da Alemanha que incluirá logística, munição e manutenção dos sistemas bélicos.