Berlusconi, em entrevista ao jornal Corriere Della Sera, ressaltou que a Itália está do lado do Ocidente, da Europa e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), mas, ao mesmo tempo, está preocupado e desapontado por nenhuma das partes procurarem uma solução pacífica ao conflito na Ucrânia.
"Como já falei diversas vezes, somos parte do Ocidente, da Europa e da OTAN [...]. A nossa solidariedade não está sendo discutida, como demonstram as ações parlamentares. Contudo, estou desapontado, quero dizer com grande clareza, pelo fato de que ninguém, exceto o Papa e a Santa Sede, parece ter soluções pacíficas para um conflito, do qual estamos pagando um preço intolerável de vidas, de sofrimento e danos econômicos", afirmou.
Em novembro, Berlusconi se ofereceu para organizar as negociações entre o presidente russo, Vladimir Putin, e Vladimir Zelensky, presidente ucraniano.
Anteriormente, o ministro da Defesa da Itália garantiu que as autoridades do país continuariam dando armas segundo os desejos da OTAN e da Ucrânia, enquanto no início de novembro um funcionário da coligação governista italiana contou que Roma estava preparando uma nova rodada de armamentos para Kiev, incluindo sistemas de defesa antiaérea pedidos pela última.
A premiê italiana, Giorgia Meloni, tem apoiado os suprimentos militares a Kiev, mas outros políticos da coligação, como Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, são mais céticos. Eles, juntos com outros partidos de oposição de esquerda, sublinham a necessidade de chegar o mais rápido possível a um acordo de paz e parar o derramamento de sangue.