Na semana passada, foi informado pelo The New York Times que os Estados Unidos firmaram um acordo com Israel para fornecer a Kiev munições de artilharia de 155 milímetros de calibre, procedentes de depósitos norte-americanos localizados no país do Oriente Médio.
Entretanto, outro pedido de Washington para Tel Aviv parece encontrar resistência do governo israelense. De acordo com The Times of Israel, nas últimas semanas, o Estado judeu recusou pedidos dos EUA para entregar dez baterias antiaéreas Hawk e centenas de mísseis interceptadores para a Ucrânia.
O chefe do bureau político-militar do Ministério da Defesa israelense, Dror Shalom, disse ao Departamento de Defesa norte-americano que Israel não mudou sua política de não enviar armas para a Ucrânia, acrescentando que o material bélico está obsoleto.
No entanto, a resposta dada a Washington não parece ser genuína, relata a mídia, pois os mísseis interceptadores, originalmente fornecidos a Israel na década de 1960, podem ser recondicionados.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, mencionou o pedido em um discurso ao grupo de lobby pró-Israel no Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel (AIPAC) no início de janeiro.
"Os sistemas Hawk ajudaram a tornar Israel mais seguro durante a Guerra dos Seis Dias, o Yom Kippur Wa e além […] e como a Rússia tem como alvo cruel as cidades e civis da Ucrânia, estamos trabalhando com nossos aliados e parceiros para fornecer a capacidade Hawk à Ucrânia", afirmou o secretário.
O Estado judeu tem resistido em fornecer armas a Kiev desde o início da operação russa, e uma das principais razões para a hesitação parece ser sua necessidade estratégica de manter a liberdade de operações na Síria, onde as forças russas controlam amplamente o espaço aéreo, escreve a mídia.
Apesar disso, o embaixador ucraniano em Israel, Yevgeny Korniychuk, declarou no último dia 13 ter decidido com os israelenses o fornecimento de tecnologia de alerta de míssil e drone para Ucrânia, conforme noticiado.