O Exército israelense está enviando mais tropas para a Cisjordânia ocupada um dia após um atirador palestino matar sete pessoas nos arredores de Jerusalém e outro tiroteio na cidade neste sábado (28) ferir duas pessoas, relata a Reuters.
Além do Exército, a polícia também anunciou que estava elevando o alerta nacional ao nível mais alto. De acordo com o The Times of Israel, autoridades policiais de alto escalão disseram que aumentariam as forças em todo o país, especialmente na capital.
Além do reforço da polícia, o chefe das Forças de Defesa de Israel (FDI), Herzi Halevi, emitiu instruções para aumentar as forças na Cisjordânia e ao longo de sua barreira de segurança, e para se preparar para uma possível escalada na região.
A polícia disse estar preocupada com possíveis ataques de vingança contra os árabes.
"Quando o primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] pediu ontem [27] para que as pessoas não façam justiça com as próprias mãos, não foi apenas baseado em um sentimento. Existe um medo muito grande de que algo aconteça para incendiar a área. O setor de segurança está ciente disso", disse um integrante do setor de segurança do governo citado pela mídia.
O Hamas justificou o ataque à sinagoga na sexta-feira (27) pelo ataque israelense em Jenin, que deixou dez palestinos mortos na Cisjordânia na quinta-feira (26).
Os ataques destacam o potencial de intensificação da violência após meses de agravamento dos confrontos na Cisjordânia. Pelo menos 30 palestinos – militantes e civis – foram mortos desde o início de 2023.
"A região está caminhando para uma escalada sem precedentes", disse Ismail Haniyeh, líder do Hamas, citado pela Reuters.
Apesar do pedido da polícia de israelense para que "não seja feita justiça com as próprias mãos", o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, disse que buscaria aumentar o número de licenças para armas: "Quero armas nas ruas. Quero que os cidadãos israelenses possam se proteger", disse ele, segundo a mídia.
Também hoje (28), a chancelaria da Arábia Saudita alertou israelenses e palestinos contra uma "escalada grave" na região.
"O Ministério das Relações Exteriores expressa o alerta do Reino da Arábia Saudita de que a situação entre palestinos e israelenses se agravará ainda mais, e o Reino condena todos os ataques a civis, enfatizando a necessidade de reduzir a escalada, reviver o processo de paz e encerrar a ocupação [dos territórios palestinos]", afirmou a pasta.
No início do dia, o Ministério das Relações Exteriores do Egito emitiu um apelo semelhante às partes em conflito.