Andrei Melnik, vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, pediu à Alemanha que enviasse um ou mais de seus submarinos e possivelmente até uma fragata desativada à Ucrânia para "expulsar a frota russa do mar Negro".
O ex-embaixador ucraniano na Alemanha delineou em uma série de tweets publicada no sábado (28) e no domingo (29) por que Berlim deveria enviar seus submarinos para o local de conflito.
"A Alemanha (ThyssenKrupp) produz um dos melhores submarinos do mundo. A Bundeswehr [Forças Armadas da Alemanha] tem 6 submarinos desse tipo. Por que não enviar um para a Ucrânia?", perguntou ele.
"Não é um desejo, mas minha experiência PESSOAL. Como cônsul-geral em Hamburgo, eu estava a bordo [do] U-212A na base marítima Eckernforde em 2008. Realmente enorme! Um almirante me disse: você precisa de UM submarino para manter a Frota do Mar Negro da Rússia sob controle", escreveu também o alto responsável, acompanhando a mensagem com um diagrama do submarino.
Melnik instou igualmente a Alemanha a enviar sua fragata Lubeck, recentemente desativada, "ou pelo menos seu armamento como [o] Sea Sparrow [sistema antimíssil de curto alcance transportado por navios] e mísseis Harpoon [anti-navio]".
Andrei Melnik apelou aos "aliados" da OTAN da Ucrânia para que apresentassem "um PLANO MESTRE sobre como DERROTAR a Rússia com carregamentos estreitamente coordenados de armas modernas, incluindo caças e submarinos", em vez de se preocupar com a escalada do conflito.
Melnik, embaixador da Ucrânia na Alemanha entre janeiro de 2015 e outubro de 2022, foi criticado durante anos no Estado-membro da OTAN por seu comportamento. Entre os incidentes estava sua ameaça em 2021 de Kiev obter armas nucleares se não pudesse entrar na OTAN, e ter chamado em maio de 2022 Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, uma "salsicha ofendida" por demorar na sua visita à capital ucraniana, e a entregar armas.
Kiev tem pedido armas mais e mais avançadas da OTAN, procurando atacar o território russo da Crimeia e Donbass, com a Alemanha recentemente permitindo enviar Leopard 2 para a Ucrânia, um passo feito anteriormente por outros Estados-membros da OTAN. Moscou, por sua vez, vê um Ocidente cada vez mais envolvido em uma "guerra por procuração" contra a Rússia.