Na noite de sábado (28) três drones misteriosos atacaram um armazém militar na cidade de Isfahan, no centro do Irã. Apesar de Teerã ver os EUA como o perpetrador mais provável, Washington afirma que foi Israel quem atacou as instalações.
Abbas Muqtadaei, vice-presidente da Comissão de Política Externa e Segurança Nacional do Parlamento Iraniano e um parlamentar da província de Isfahan, contou à Sputnik que ainda não foi encontrado nenhum rastro israelense no ataque à infraestrutura do Ministério da Defesa iraniano em Isfahan, refutando assim as declarações da mídia anglófona sobre a responsabilidade israelense.
"Se o regime sionista [Israel] o tivesse feito, ele teria anunciado 'este sucesso' em todos os veículos de imprensa disponíveis publicamente. Por enquanto estas são simplesmente declarações vazias. O importante é que quando um desses três veículos aéreos não tripulados atinge as paredes, outro deixa de funcionar graças às armas de guerra eletrônica iranianas, e o terceiro entra na 'armadilha' do sistema de defesa aérea do Irã. Todos esses fatos só aumentam a credibilidade e provam a força do sistema de defesa atual do Irã."
Ele qualificou a explicação do Ministério da Defesa iraniano como uma resposta abrangente ao público sobre o incidente, que nada de grave aconteceu. Enquanto isso, refere, só estão sendo feitas declarações vazias sem prova.
Muqtadaei também disse que mesmo que seja assumido hipoteticamente que existe um rastro israelense no que aconteceu em Isfahan, sua missão foi um fracasso.
"Basicamente, o regime de ocupação em Jerusalém [Israel] está constantemente tentando usar todas as possibilidades e ferramentas de sabotagem e espionagem, para desestabilizar a segurança no República Islâmica do Irã. No entanto, desta vez trabalhamos proativamente, antes que eles [Israel] conseguissem alcançar qualquer objetivo", assegurou o especialista.
A missão atual do Irã, sublinhou, é fortalecer a capacidade de defesa do país e responder às ações de Israel.