Panorama internacional

Ucrânia espera arrecadar US$ 10 bilhões do G7, diz chefe de orçamento do parlamento do país

A Ucrânia espera que seus doadores ocidentais contribuam com US$ 10 bilhões (cerca de R$ 51,1 bilhões) na reunião de março do mecanismo financeiro multilateral liderado pelo G7, disse a presidente do Comitê de Orçamento do Parlamento ucraniano, Roksolana Pidsala, nesta segunda-feira (30).
Sputnik
Na semana passada, o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, disse que os países do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) criaram uma plataforma de coordenação de vários doadores chamada Financial Ramstein. Segundo ele, a plataforma vai atuar em três áreas principais, ou seja, no apoio contínuo de curto e longo prazo à Ucrânia, no financiamento internacional e na coordenação de reformas e desenvolvimento do setor privado.

"A Ucrânia conseguiu a criação de uma plataforma de coordenação de doadores, o chamado Financial Ramstein. A primeira reunião substantiva vai acontecer em março. O governo deve discutir com os parceiros as fontes de financiamento do déficit orçamentário de US$ 10 bilhões", disse Pidsala no canal do parlamento ucraniano no YouTube.

O déficit orçamentário do Estado da Ucrânia, em 2023, foi estimado em US$ 38 bilhões (cerca de R$ 194,2 bilhões), observou Pidsala, acrescentando que o governo ucraniano já havia negociado de forma direcionada a provisão de US$ 10 bilhões dos Estados Unidos e € 18 bilhões (aproximadamente R$ 92 bilhões) da União Europeia (UE).
De acordo com Pidsala, na reunião do Financial Ramstein, os principais parceiros, incluindo representantes dos Estados do G7, a Comissão Europeia e organizações financeiras internacionais, vão discutir "quem pode prestar assistência neste valor".
Panorama internacional
Chefe da Duma russa: 'A Ucrânia perdeu sua independência financeira'
Ainda em 2022, o presidente da Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento russo), Vyacheslav Volodin, afirmou que Kiev já não poderia cumprir suas obrigações para com seus cidadãos e que o país, ao depender de Bruxelas e Washington, havia perdido sua independência financeira.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os esforços da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em especial dos EUA e da UE para sustentar o regime de Kiev tem custado caro aos seus aliados ocidentais afetando, por exemplo, o orçamento da ONU para ajuda humanitária, segundo revelou subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários, Martin Griffiths, ainda em agosto, ao afirmar que aquela era a "maior lacuna de fundos já vista".
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