"Infelizmente, essa decisão provocará o fornecimento de armas cada vez mais poderosas, armas de alcance crescente. Infelizmente, isso aumentará o risco de conflito nuclear. Este é o abismo no qual estamos à beira", disse ele em uma entrevista à Sputnik.
O neto do general observou que era hora de alcançar a paz e "persuadir os americanos" neste conflito, bem como alcançar uma paz sustentável com a Rússia.
"É hora de a França e seu presidente lembrarem que são uma grande nação independente e desempenharem o papel que realmente têm. É necessário fornecer à Rússia garantias sérias", acrescentou de Gaulle.
Segundo ele, a Rússia e a França têm uma história comum e forte, apesar dos conflitos de interesse e do fato de que Paris se tornou hostil com Moscou. Ele observou que a semelhança da história pode ofuscar o conflito de interesses.
A proibição de transmitir a mídia russa é contrária aos valores que a França defende, disse ele, comentando a proibição, inclusive à Sputnik no território francês.
"Acho que a França é um país fundamentalmente democrático e que todas as vozes devem ser capazes de se expressar independentemente do significado, independentemente da sua opinião. Minha fé é nos franceses, cabe às pessoas escolher. Mas que existe um direito fundamental, histórico de conhecimento, de informação na França que faz parte da democracia, pelo menos da boa democracia, e que o fato de silenciar, de amordaçar certos meios de comunicação, quaisquer que sejam suas posições, e qualquer que seja o seu papel, não vai na direção da democracia", concluiu Pierre de Gaulle, neto de Charles de Gaulle, que foi o 18º presidente da República da França, líder da França Livre e príncipe de Andorra.