Moscou advertiu Israel nesta quarta-feira (1º) contra o fornecimento de armas à Ucrânia depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estava considerando a ajuda militar para Kiev, ao mesmo tempo que se mostrou disposto a mediar o conflito, segundo o The Times of Israel.
"Dizemos que todos os países que fornecem armas [para a Ucrânia] devem entender que consideraremos essas [armas] alvos legítimos das Forças Armadas da Rússia. Qualquer tentativa – implementada ou mesmo não realizada, mas anunciada para o fornecimento de armas adicionais ou novas – já leva e levará [ainda mais] a uma escalada desta crise. E todos devem estar cientes disso", disse a repórteres a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.
Em uma entrevista à CNN ontem (31), o premiê afirmou que consideraria fornecer ajuda militar, incluindo o sistema de defesa aérea Cúpula de Ferro à Ucrânia.
"Bem, certamente estou investigando isso", disse Netanyahu quando perguntado sobre a possibilidade de Tel Aviv enviar o sistema para o território ucraniano.
Netanyahu também decalrou que consideraria fazer mediação entre Kiev e Moscou se solicitado pelos dois países e por Washington: "Se perguntado por todas as partes relevantes, certamente considerarei, mas não estou me forçando", acrescentando que isso dependeria do "momento certo e das circunstâncias certas".
O alerta de Moscou também vem depois de relatos nas últimas semanas de que Israel recusou pedido norte-americano para entregar dez baterias antiaéreas Hawk e centenas de mísseis interceptadores à Ucrânia.
O Kremlin já alertou mais de uma vez que o recente anúncio de envio de tanques por potências como Alemanha, EUA e Reino Unido mostra como o Ocidente está envolvido na crise e como isso pode trazer um conflito militar em grande escala para Europa, conforme noticiado.