Autoridades dos EUA alertaram Kiev de que a Ucrânia terá de prestar contas de tudo o que os EUA fornecem em auxílio ao país. A informação foi dada em artigo do jornal Washington Post.
Segundo a publicação, altos funcionários do Pentágono, do Departamento de Estado e da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional "acabam de concluir uma viagem à Ucrânia" emitindo um alerta "peculiar" sobre a ajuda de Washington.
"Durante a viagem que fizeram na semana passada, os chefes de gabinete dos inspetores-gerais dos três departamentos emitiram uma mensagem que pode ser traduzida da seguinte forma: esteja preparado para prestar contas de tudo o que lhe dermos. E continue lutando contra a corrupção", disse o jornal.
Como observa o jornal, isso está acontecendo em um momento em que o apoio da opinião pública americana à Ucrânia está diminuindo.
Anteriormente, uma pesquisa realizada pelo serviço sociológico do Pew Research Center mostrou que o número de americanos que consideram excessiva a ajuda à Ucrânia está crescendo, embora essa parcela de cidadãos ainda seja minoria.
Após longas discussões sobre o fornecimento de tanques ocidentais às Forças Armadas da Ucrânia, o governo alemão concordou em enviar veículos de combate Leopard 2. Está prevista a formação de dois batalhões de tanques. Na primeira fase, Berlim transferirá uma companhia de 14 tanques de combate. Como observou o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, os tanques podem chegar à Ucrânia no final de março.
Entregas de tanques às autoridades de Kiev também foram anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Segundo ele, os militares ucranianos receberão 31 veículos de combate M1 Abrams, que formarão um batalhão de tanques. Um alto funcionário do governo dos EUA especificou que levaria meses, não semanas, para entregar o equipamento à Ucrânia.
No contexto de uma operação especial russa na Ucrânia, os aliados dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão apoiando o regime de Kiev com dezenas de bilhões de dólares em armas. Moscou enfatizou repetidamente que a transferência de armas ocidentais apenas prolonga o conflito, e o transporte de armas se torna um alvo legítimo para as Forças Aeroespaciais Russas.