"Isto é algo sobre o que devemos ser muito claros: a China e seu regime não é um país amigável neste momento, não é compatível com as democracias ocidentais em seus objetivos e princípios estratégicos", disse Pavel em uma entrevista ao Financial Times. "Isso é simplesmente um fato que temos que reconhecer."
Segundo o presidente eleito tcheco, o seu país espera mais benefícios econômicos de Taiwan do que de Pequim, e "não nos comportaremos como um avestruz para esconder essa realidade".
Na segunda-feira (30), Pavel anunciou no Twitter que realizou uma chamada telefônica com Tsai Ing-wen, a líder de Taiwan, que o felicitou pela sua vitória nas eleições presidenciais. Ele também disse que o seu país e Taiwan têm valores comuns – liberdade, democracia e direitos humanos, e que ambos os países pretendem continuar a desenvolver sua parceria.
Em conexão com esta conversa, na terça-feira (31) o Ministério das Relações Exteriores da China expressou um protesto à República Tcheca.
Em resposta às críticas de Pequim, o primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, disse que o seu país decide por si mesmo a quem telefonar e com quem se reunir. Entretanto, Fiala ressaltou que a República Tcheca mantém sua adesão à política de "uma só China".