"Não recebemos total apoio de segurança dos EUA e do Reino Unido, outras potências nucleares [signatárias do memorando de Budapeste]. Isso foi um mau sinal para todos os países do mundo que perceberam que, de fato, apenas armas nucleares poderiam salvá-los do ataque de um agressor como este. E é por isso que queremos retomar a discussão. Não tenho uma proposta pronta como isso poderia ocorrer", afirmou Makeev ao jornal alemão Deutsche Welle.
Em outubro de 2022, a Rússia voltou a ressaltar que não ameaçou e não ameaçaria Kiev com armas nucleares.
Contudo, as declarações de Kiev sobre a possibilidade de rever seu status não nuclear, que significaria uma tentativa de obter armas nucleares em detrimento do regime do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, suscitaram sérias preocupações na Rússia.
O representante oficial da diplomacia russa no Primeiro Comitê da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Konstantin Vorontsov, observou que, por muitos anos, Kiev não cumpriu "as obrigações de Budapeste, em particular aquelas que sugeriam combater o crescimento do nacionalismo agressivo e do chauvinismo".
Vorontsov ainda afirmou que os Estados Unidos e aliados há tempos influenciam as ações da Ucrânia e interferem na soberania do país.
Em 1994, a Ucrânia assinou o Memorando de Budapeste, abrindo mão do terceiro maior estoque de armas nucleares do mundo em troca da promessa de outros países signatários de mantê-la segura.