Panorama internacional

Vice-chanceler da Alemanha chama entrega de caças para Ucrânia de decisão errada

Vice-chanceler da Alemanha, Robert Habeck acha ser errado dar caças à Ucrânia.
Sputnik
O vice-chanceler e ministro das Finanças e Proteção da Alemanha, Robert Habeck, pontuou o que acha errado enviar entre material e veículos bélicos para a Ucrânia.
"Vou dizer que não acho que seja a coisa certa entregar caças agora" à Ucrânia, disse o vice-ministro ao segundo canal alemão de televisão ZDF.
O vice-chanceler explicou não considerar o envio de caças adequado "de modo algum", ao responder à pergunta de um jornalista.
Habeck esclareceu que durante todo o conflito a Alemanha tentou encontrar o equilíbrio entre a prestação de apoio máximo à Ucrânia e a tentativa de impedir "o arrastamento para a guerra" da Alemanha, da Europa e de todo o mundo.

"Não é claro, com certeza, onde é que a linha vermelha é ultrapassada. Muitos dizem – e eu respeito esses medos – que mesmo a decisão de entregar tanques é muito além. Não acho assim. Mas há uma diferença entre tanques, caças e equipamento naval. Do meu ponto de vista esta diferença deve ser mantida", concluiu Habeck.

O governo alemão informou em janeiro que daria tanques Leopard 2 à Ucrânia e cancelaria as restrições sobre a entrega de outros países, depois da intensa pressão dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Por sua vez, os Estados Unidos anunciaram a entrega de tanques Abrams à Ucrânia, especificando que vai levar "muitos meses".
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De acordo com a mídia, alguns representantes da administração norte-americana promovem a entrega de caças F-16 aos militares ucranianos. Por sua vez, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse "não" à pergunta de jornalistas se os caças serão entregues a Kiev.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, falando no parlamento alemão, declarou que Berlim não forneceria caças nem enviaria tropas para a Ucrânia "nem agora nem no futuro".
A Rússia enviou uma nota aos países da Aliança Atlântica por causa do fornecimento de armas ao regime de Kiev. O chefe do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, notou que qualquer carga, que contém armas para a Ucrânia, se tornaria alvo legítimo para a Rússia.
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