Panorama internacional

Apesar de sanções, empresas dos EUA investiram cerca de US$ 40 bi no setor de IA chinês, diz mídia

Os investidores norte-americanos estavam interessados principalmente em reconhecimento facial, medicina e robótica, revelou um relatório recém divulgado por um grupo de políticas de tecnologia da Universidade de Georgetown, conforme citado pela Reuters.
Sputnik
De 2015 a 2021, 167 empresas norte-americanas investiram cerca de US$ 40,2 bilhões (aproximadamente R$ 201,6 bilhões) na indústria chinesa de inteligência artificial (IA), de acordo com um relatório recente de pesquisadores da Universidade de Georgetown. Os investimentos representaram quase 37% das entradas de caixa do setor na região no período mencionado.
Em termos de número de transações, verifica-se que as empresas norte-americanas estiveram realmente envolvidas em uma em cada cinco transações com o setor chinês de IA. As líderes em número de transações foram GGV Capital (43 transações), Qualcomm Ventures (13 transações) e Intel Capital (11 transações), segundo a matéria.
No entanto, como observam os autores do estudo, o mais curioso é que alguns investimentos foram feitos depois que o presidente Joe Biden impôs sanções rígidas contra a alta tecnologia chinesa. No verão de 2022, os EUA aprovaram o "Ato sobre Chips e Ciência", que foi descrito por especialistas políticos como uma nova estratégia dos EUA de "estrangular ativamente grandes segmentos da indústria de tecnologia chinesa".
A GSR Ventures investiu em um projeto de reconhecimento de fala chinês, apesar do fato de a empresa estar na lista de proibições do governo dos EUA. A maioria dos investidores norte-americanos estava interessada em tecnologias como reconhecimento facial, medicina e robótica. No entanto, algumas tecnologias, como observam os autores do relatório, podem ser usadas diretamente para fins militares.
Cientistas políticos dos EUA esperam que o governo Biden emita novas regras ainda este ano que devem restringir ainda mais o investimento na economia chinesa, principalmente em alta tecnologia em meio à crescente rivalidade entre Pequim e Washington.
Ciência e sociedade
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