Em uma apreensão feita no dia 15 de janeiro, mas somente divulgada agora, a Marinha da França confiscou milhares de rifles de assalto, metralhadoras e mísseis antitanque no golfo de Omã, supostamente provenientes do Irã, que seguiria seguiam para o Iêmen, informou a AP News nesta quinta-feira (2).
Apesar da operação ter sido realizada pelos franceses, foi através do Comando Central dos Estados Unidos (USCENTCOM, na sigla em inglês) que as imagens foram divulgadas.
Fuzis de assalto e mísseis apreendidos pela Marinha francesa estavam no convés de um navio em um local não revelado, 1º de fevereiro de 2023
© AP Photo / Comando Central dos Estados Unidos
O USCENTCOM disse que a apreensão incluiu mais de 3.000 rifles e 578.000 cartuchos de munição. As imagens divulgadas também mostraram 23 mísseis antitanque lançados de contêineres, que também apareceram em outros carregamentos vinculados ao Irã. Entre o armamento, há rifles Type 56, Molot AKS20Us e metralhadoras de padrã PKM.
O órgão norte-americano descreveu a interdição como ocorrendo "ao longo de rotas historicamente usadas para traficar armas ilegalmente do Irã para o Iêmen", entretanto, o governo iraniano negou que as armas sejam provenientes do país.
Fuzis de assalto e mísseis apreendidos pela Marinha francesa estavam no convés de um navio do Irã em um local não revelado, 1º de fevereiro de 2023
© AP Photo / Comando Central dos Estados Unidos
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani, em uma mensagem on-line, rejeitou a avaliação de que Teerã forneceu as armas e descreveu as acusações como "motivadas politicamente", relata a mídia.
Ainda de acordo com a mídia, os militares franceses não responderam aos pedidos de comentários sobre a captura das armas, e embora a França mantenha uma base naval em Abu Dhabi, normalmente adota uma abordagem mais silenciosa na região, mantendo uma presença diplomática no Irã.