Na manhã desta quinta-feira (2), uma reunião especial da Assembleia Nacional sérvia começou com análise do relatório "Sobre o processo de negociações com as estruturas provisórias em Pristina de 1° de setembro a 15 de janeiro de 2022". O chefe de Estado foi o primeiro a falar com os deputados. Ele lembrou que a Sérvia militarmente neutra está rodeada por países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou países onde um contingente ou missão da Aliança Atlântica está localizado, como na Bósnia e Herzegovina.
"Você não pode funcionar sozinho no mundo moderno. Quando tivemos as maiores perdas e guerras, tivemos aliados. Agora ninguém nos olharia como um aliado por causa do conflito militar na Ucrânia e do fato de que a Sérvia, guiada por seu posicionamento responsável e honesto, não impôs sanções contra a Federação da Rússia", disse Vucic aos parlamentares.
Anteriormente, o presidente observou que a Sérvia deve tomar decisões políticas de forma independente, não por ordem dos Estados Unidos, da Rússia ou da União Europeia. O líder sérvio apontou que a crise na Ucrânia está se tornando uma espécie de terceira guerra mundial, que se tornará ainda maior e mais difícil.
Segundo ele, as potências mundiais não podem mais permitir que pequenos países tenham tanta liberdade política quanto gostariam de ter, "assim como espaço para respirar, viver e tomar decisões". Como exemplo, Vucic citou sua participação na cúpula União Europeia (UE) nos Bálcãs Ocidentais, na Albânia, no outono europeu, onde, segundo ele, ele foi sujeito a pressão geral devido ao fato de Belgrado não apoiar as sanções ocidentais contra Moscou.