O estado de saúde de Marat Kasem, editor-chefe da Sputnik Lituânia, preso na Letônia, é crítico e requer tratamento médico, relatou na sexta-feira (3) o serviço Sputnik Blizhnee Zarubezhie.
"De acordo com a advogada, as condições carcerárias de Marat Kasem se enquadram na Convenção contra a Tortura. Desde 30 de janeiro, Kasem foi, sem qualquer fundamento, transferido para o bloco de prisioneiros condenados e colocado em prisão solitária. Sem condições de higiene e com insetos, Kasem desenvolveu alergias", informou a mídia no Telegram, citando a advogada do detido.
Segundo ela, devido a problemas respiratórios, Kasem teve que abrir uma janela em sua cela da Prisão Central de Riga e dormir com um gorro e roupa exterior. A advogada mencionou que as doenças crônicas também se agravaram, com seus dedos dos pés falhando devido à doença da gota. Suas reclamações e batidas na porta da cela aparentemente não recebem resposta.
"Ele foi autorizado a fazer uma chamada à advogada somente no terceiro dia, enquanto que por lei ele tem o direito de fazê-lo a qualquer hora do dia. O médico da prisão ignorou as queixas e o diagnóstico do Kasem, entregando simples comprimidos para alergias. A advogada diz que o estado de saúde de Marat é crítico. No momento, a advogada está preparando uma reclamação e exige um exame médico de seu cliente", acrescenta o canal.
Em meados de janeiro, um tribunal de Riga, Letônia, emitiu uma ordem de prisão preventiva para Kasem, após rejeitar a apelação apresentada.
Marat Kasem é um cidadão letão que vive e trabalha em Moscou há vários anos no grupo de mídia Rossiya Segodnya, que inclui a Sputnik Lituânia. Em 30 de dezembro de 2022 o jornalista viajou à Letônia por razões familiares e foi detido, com o tribunal de Riga confirmando a decisão em 5 de janeiro de 2023. Kasem foi acusado de violar as sanções econômicas da União Europeia contra a Rússia e praticar espionagem.
O jornalista enfrenta até 20 anos de prisão.