Panorama internacional

China critica AUKUS em meio a relatos de nova reunião do pacto de submarinos nucleares anglófono

Em março estaria planejada um novo encontro entre representantes do pacto de submarinos nucleares trilateral, assinado em 2021 pela Austrália, os EUA e o Reino Unido.
Sputnik
A China está firmemente contra a continuação da colaboração entre a Austrália, os EUA e o Reino Unido no que toca ao tema dos submarinos nucleares, comunicou na sexta-feira (3) o Ministério das Relações Exteriores chinês.
Mao Ning, porta-voz da chancelaria, respondeu a uma pergunta de jornalistas sobre a possibilidade de Rishi Sunak e Anthony Albanese, primeiros-ministros do Reino Unido e da Austrália, revelarem em meados de março uma proposta para o projeto AUKUS, que prevê a entrega à Austrália de submarinos nucleares pelos EUA e o Reino Unido.
"Como temos enfatizado repetidamente, a decisão dos EUA, do Reino Unido e da Austrália de conduzir e avançar a cooperação nuclear submarina constitui um sério risco de proliferação nuclear, exacerba a corrida armamentista e prejudica a paz e a estabilidade regional", sublinhou Mao.
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De acordo com ela, Pequim está profundamente preocupada e se opõe firmemente à ação, que "tem atraído uma crescente preocupação internacional".
"Exortamos os três países a atender ao apelo da comunidade internacional, a cumprir sinceramente suas obrigações de não-proliferação, a cancelar a decisão de prosseguir com a cooperação nuclear submarina e a tomar ações concretas para salvaguardar a paz e a segurança regional e global", exortou a representante.
Em setembro de 2021 foi anunciado o AUKUS, um pacto de segurança entre os EUA, o Reino Unido e a Austrália, com Washington e Londres se comprometendo a suprimir submarinos nucleares movidos a energia nuclear a Camberra até 2040.
Na época o acordo também provocou um incidente diplomático com a França, que viu um projeto bilateral semelhante com a Austrália cancelado em resultado da iniciativa. Em junho de 2022 o governo australiano acordou com Paris uma compensação de R$ 2,9 bilhões pela ruptura do contrato de R$ 293,8 bilhões.
A China e analistas veem no AUKUS um bloco anti-Pequim, semelhante ao Quad, que é integrado pela Austrália, EUA, Índia e Japão.
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