Panorama internacional

EUA estão escalando deliberadamente o conflito na Ucrânia, diz embaixador russo

O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, criticou nesta sexta-feira (3) o novo anúncio de ajuda militar à Ucrânia feito por Washington. Segundo o diplomata, fornecer a Kiev armamento mais poderoso representa uma escalada deliberada do conflito.
Sputnik
Na sexta-feira, os Estados Unidos prometeram até US$ 2,17 bilhões (R$ 11,18 bilhões) em novos fundos de assistência de segurança para a Ucrânia, incluindo os sistemas de mísseis terra-ar Hawk, armas e munições antiaéreas, munições para Himars e mísseis de precisão GLSDB.

"Washington não vê limites em tentar infligir uma derrota estratégica à Rússia. A transferência de armas cada vez mais poderosas para o regime de Kiev é uma escalada deliberada do conflito pelos Estados Unidos", disse Antonov.

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Antonov alertou que, nesse ritmo, Washington poderia chegar à "loucura absoluta", como fornecer caças à Ucrânia.
O embaixador russo enfatizou que qualquer tentativa de infligir danos à Rússia está fadada ao fracasso e que as forças russas defenderão todos os territórios que se tornaram parte da Rússia por vontade da população local.

"Quanto mais cedo os Estados Unidos perceberem isso, mais cedo o atual conflito terminará", disse Antonov.

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Na sexta-feira, em resposta a uma pergunta sobre se a intenção por trás do fornecimento de bombas GLSDB para Kiev era atingir a Crimeia, o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Pat Ryder, disse que caberá à Ucrânia decidir quando e onde usará os GLSDB.
Após a declaração do Pentágono na sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, lembrou que não se deve esquecer os comentários feitos pelo presidente russo, Vladimir Putin, em Volgogrado no início desta semana.
Na quinta-feira, Putin disse que aqueles que esperam derrotar a Rússia no campo de batalha, arrastando países europeus, não entendem que "uma guerra moderna com a Rússia será completamente diferente para eles".
Putin enfatizou que a Rússia não enviou seus tanques para as fronteiras dos países ocidentais, mas Moscou "tem algo a responder, e o uso de veículos blindados não é o limite".
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