Os especialistas consideram que as pedras teriam caído das joias dos visitantes dos antigos banhos públicos e acabaram por ficar nos esgotos durante muitos séculos até serem descobertas na escavação. As pedras semipreciosas faziam parte dos anéis de sinete usados pelos romanos em Carlisle.
"Elas [pedras] são feitas de jaspe, cornalina, pedras semipreciosas, temos uma que é ametista", disse Frank Giecco, diretor de escavação. "Elas são relativamente maleáveis, por isso podem ser gravadas, e cada uma tem algo retratado nela, como uma deusa ou um símbolo de boa sorte", sublinhou o especialista, escreve portal ITV.
Mais de 30 pedras semipreciosas romanas de quase 2.000 anos foram descobertas por arqueólogos depois que seus proprietários as perderam em um local na atual Carlisle, perto do Muro de Adriano.
De acordo com os pesquisadores, as pedras, que eram incrustadas nos anéis, teriam se desprendido porque a cola que as mantinha fixas provavelmente se dissolveu nos banhos a vapor.
Estas pedras semipreciosas, algumas das quais têm apenas alguns milímetros de diâmetro, apresentam imagens gravadas, cujos detalhes refinados sugerem que no momento da sua criação, no final do século II ou III d.C. eram objetos bastante caros.
Nossos arqueólogos descobriram um complexo monumental de banhos públicos; o maior edifício romano achado perto do Muro de Adriano.
Por exemplo, uma ametista é decorada com a deusa Vênus segurando uma flor ou um espelho. Em outro achado, em uma pedra de jaspe marrom avermelhado se pode ver uma representação de um sátiro sentado em rochas perto de uma coluna.
As antigas termas onde se realizaram as descobertas confinavam com a principal fortaleza do Muro de Adriano. Neste local estava aquartelada a cavalaria de elite e muitos dos banhistas tinham relação com o tribunal imperial romano.