"Parece-nos importante reafirmar nosso desejo inicial de não fazer parte do conflito [na Ucrânia]. É por isso que meu colega André Chassain e eu pedimos ao primeiro-ministro, em nome dos democratas e republicanos de esquerda, para organizar uma debate na Assembleia Nacional sobre nossa estratégia de fornecimento de armas", escreveu Roussel em seu artigo para o Le Journal du Dimanche.
O político enfatizou que a crescente militarização não traz segurança, mas apenas "morte e devastação".
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, disse em 31 de janeiro que Kiev receberá entre 120 e 140 tanques modernos de modelos ocidentais (Leopard 2, Challenger 2, M1 Abrams) em uma primeira fase de entregas.
A Ucrânia anseia pelos tanques franceses Leclerc, mas ainda não há confirmação de seus envios.
O Reino Unido foi o primeiro país a anunciar o envio de tanques de design ocidental para a Ucrânia. Em meados de janeiro, soube-se que os britânicos colocariam à disposição de Kiev 14 tanques principais Challenger 2.
Mais tarde, a Alemanha confirmou que enviaria 14 tanques Leopard 2 para a Ucrânia, além de autorizar o fornecimento desses tanques de outros países.
Por sua vez, os EUA anunciaram um plano para doar 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia.
A França ainda não decidiu apoiá-los enviando tanques Leclerc, mas o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que nada está excluído.
O ministro da Defesa francês, Sebastien Lecornu, também afirmou que para seu país "não há tabu" em relação à entrega de armas à Ucrânia.
Segundo o Kremlin, esses tanques "vão queimar como os outros".
A Rússia alertou repetidamente que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão "brincando com fogo" ao fornecer armas a Kiev, e que comboios de armas estrangeiras seriam um "alvo legítimo" para seus militares assim que cruzassem a fronteira.