A revolta ocorreu durante o período ptolomaico, a dinastia macedônia que governou o Egito após a morte de Alexandre, o Grande, ao sul da cidade antiga egípcia de Mendes (atual El-Ruba).
Os arqueólogos desenterraram no antigo assentamento greco-romano-egípcio de Thmouis diversos objetos do período helenístico, como peças de cerâmica, moedas, ânforas, fornos, oficinas de fabricação de unguentos, restos de um prédio e até mesmo armamento militar, incluindo várias pedras de arremesso e uma ponta de flecha.
Uma equipe de arqueólogos da Universidade de Nottingham Trent e da Universidade do Havaí descobriu o local onde ocorreu a chamada Grande Revolta, registrada na Pedra de Roseta
De acordo com o estudo, publicado na revista Journal of Field Archaeology, os elementos descobertos, uma série de depósitos queimados com artefatos em seu interior, indicam que o local foi abandonado às pressas.
Além disso, também foram encontrados cadáveres sem sepultura, com sinais de lesões causadas em vida, o que confirma a hipótese de que um conflito militar tenha ocorrido no local.
Uma equipe de arqueólogos da Universidade de Nottingham Trent e da Universidade do Havaí descobriu o local onde ocorreu a chamada Grande Revolta, registrada na Pedra de Roseta
Segundo o estudo, a Grande Revolta, uma guerra de 20 anos ocorrida no Baixo e Alto Egito entre os anos 207-184 a.C., foi um importante episódio histórico, sendo a "última oportunidade de o Egito recuperar sua independência das potências estrangeiras durante a ocupação greco-romana".
A Pedra de Roseta é parte de um bloco de pedra de cerca de uma tonelada. A pedra mede 118 cm de comprimento por 77 centímetros de largura e 30 de espessura. Ela foi encontrada na cidade de Roseta, próxima a Alexandria, pelo exército de Napoleão em 1799 e seu texto foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios.