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Moscou considera os apelos da UE por paz na Ucrânia como hipócritas

A Rússia considera hipócritas os apelos à paz na Ucrânia feitos pelos países da União Europeia (UE), afirmou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, neste sábado (4) ao comentar a declaração no final da cúpula UE-Ucrânia que decorreu no dia anterior em Kiev.
Sputnik

"Não menos hipócritas são os apelos dos europeus pela paz em condições nas quais eles declaram que estão prontos para investir fundos para continuar as hostilidades 'pelo tempo que for necessário'", disse Zakharova em comunicado.

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A diplomata lembrou que já foram atribuídos bilhões de euros para a Ucrânia à custa dos contribuintes europeus.

"Aumentar o financiamento do conflito, [realizar] novas entregas de armas e equipamentos, aumentar o número de campos de treinamento, expandir os programas de treinamento das tropas ucranianas: tudo isso leva ao crescimento das vítimas do conflito, em particular entre a população civil", enfatizou.

Segundo Zakharova, "nessas condições, as tentativas de lançar um processo para criar quaisquer semi-estruturas de responsabilização pelo que está acontecendo na Ucrânia são absurdas e imorais".

"Quem são os juízes? Aqueles que trapacearam com os Acordos de Minsk, encobriram crimes de guerra do regime de Kiev contra a população civil em Donbass em 2014, saturaram criminosos ucranianos com armas e dinheiro, aqueles que buscam apreender ativos estatais da Rússia e do fundos de nossos cidadãos?"

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A capital ucraniana acolheu na sexta-feira (3) a cúpula UE-Ucrânia que terminou com a aprovação de uma declaração, segundo a qual os dirigentes das instituições europeias prometem continuar a apoiar Kiev impor mais sanções à Rússia e trabalhar num "mecanismo de perseguição de crimes de agressão", além de explorar como ativos russos congelados podem ser usados ​​para restaurar a Ucrânia.
Voltando-se para as perspectivas de rápida adesão da Ucrânia à UE, os líderes europeus enfatizaram que não há prazo estrito para tal processo e que o país ainda não realizou as reformas exigidas pelo bloco.
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