"Às vezes, o abandono de posições se torna a única maneira de salvar o pessoal de uma morte sem sentido. Se eles [a liderança militar] não puderem entregar munição ou [aliviar as tropas], quando você se senta nas trincheiras por vários dias sem dormir ou descansar, seu valor de combate é zero", disse o oficial, que recentemente deixou a linha de frente perto da cidade de Bakhmut, também conhecida como Artyomovsk, conforme citado na matéria.
O oficial observou que muitos problemas de disciplina entre os soldados foram causados pelo comando ineficaz e tensão imposta às forças ucranianas que lutavam contra um Exército russo bem maior.
A advogada ucraniana de direitos humanos Eugenia Zakrevska, que agora está combatendo, disse, por sua vez, que os soldados raramente deixavam seus postos, alguns somente por desespero absoluto.
Há meses que os combates se concentram na disputada Bakhmut, localizada ao norte da República Popular de Donetsk (RPD). A cidade é um importante centro de transporte para abastecer as tropas ucranianas estacionadas no Donbass em meio à operação militar especial lançada pela Rússia na Ucrânia há um ano.