De acordo com o jornal The Washington Post, os militares ucranianos quase sempre dependem de coordenadas fornecidas ou confirmadas por Washington para realizar ataques contra militares russos com o Himars.
Um oficial ucraniano disse ao jornal que as forças do seu país "quase nunca disparam foguetes Himars" sem as coordenadas específicas, "fornecidas ou confirmadas" pelos militares dos Estados Unidos lotados em uma base na Europa.
Segundo a fonte consultada pela publicação, esse processo "dá aos EUA a confiança" necessária para "fornecer armas de longo alcance a Kiev".
A revelação, confirmada por três altos funcionários ucranianos e um alto funcionário dos EUA, ocorre após diversos ataques ucranianos contra instalações militares russas.
Ao jornal, o general Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono, assinalou que a assistência de Washington às Forças Armadas da Ucrânia serve para "garantir a precisão e conservar munição".
"Reconhecemos há muito tempo que compartilhamos inteligência com a Ucrânia para ajudá-los a defender seu país", disse ele, acrescentando que os EUA não aprovam os alvos.
A revelação reforça as acusações do Kremlin, que repetidamente denunciou os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de travar uma guerra por procuração na Ucrânia.