"As sanções têm essas consequências não intencionais. E, se eu resumir, [isso] aumenta os preços de tudo o que fazemos, [...] [implica] mais tempo para entregar os serviços humanitários e às vezes requer suprimentos privados que podem aumentar novamente o custo", disse o subsecretário-geral para Coordenação de Operações da IFRC, Xavier Castellanos, em entrevista.
A entidade estima que, para uma resposta inicial rápida, será preciso entregar cerca de US$ 130 milhões (R$ 676,1 milhões) à Turquia e US$ 87 milhões (R$ 452,5 milhões) à Síria.
De acordo com o subsecretário-geral da IFRC, é esperado que esse valor cubra um período de 12 meses.
Segundo a assessora especial da presidência da Síria, Bouthaina Shaaban, o Ocidente só tem fornecido assistência humanitária a regiões sírias controladas por grupos terroristas ou de oposição.
"Infelizmente o Ocidente só se preocupa com as áreas onde estão os terroristas, mas não se importa com as áreas onde vive a maioria da população síria. [...] A maior parte do dinheiro e todo o material foram enviados da Europa e dos Estados Unidos à Turquia. Nada foi enviado da Europa à Síria", disse Shaaban a repórteres.
Turquia e Síria foram abaladas, na última segunda-feira (6), por dois grandes terremotos e dezenas de tremores secundários que deixaram mais de 20 mil mortos e destruíram milhares de casas. Um dos tremores, de magnitude 7,8, foi o mais potente em solo turco desde 1939.
Além disso, segundo cientistas, o terremoto na Turquia provocou um deslocamento geológico das placas tectônicas da litosfera em 3 metros.