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Contrapondo resistência dos EUA, França acena a Lula sobre plano de paz na Ucrânia: 'Vamos juntos'

Proposta defendida por Lula para criar grupo de paz para Ucrânia não entusiasmou Washington, que até colocou condições às discussões sobre o assunto, mas recebeu apoio do líder francês, Emmanuel Macron.
Sputnik
No encontro entre o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e o líder norte-americano, Joe Biden, ontem (10), Lula levou à Casa Branca a proposta de montar um grupo de paz fromado por diferentes países para ajudar nos diálogos e negociações no conflito entre Rússia e Ucrânia.
Entretanto, a resistência norte-americana à sugestão já havia sido ventilada antes da reunião, com Washington impondo condições para Lula falar sobre o plano de paz, conforme noticiado.
Porém, neste sábado (11), o presidente da França, Emmanuel Macron, respondeu a um tweet de Lula feito ontem (10), no qual o mandatário brasileiro falava sobre ter levado a Biden a proposta, a qual anteriormente já havia sido feita ao próprio Macron e ao chanceler alemão, Olaf Scholz.
Na resposta, o líder francês disse que a busca pela paz esteve "no coração das discussões" com Vladimir Zenlesnky, na visita do presidente ucraniano a Paris na última quarta-feira (8), e que a Ucrânia se mostrou disposta a dar início às conversas em torno de um plano de dez pontos para instituir a paz na região: "Vamos juntos nessa base, presidente Lula", escreveu Macron.
A paz esteve no centro de nossas discussões em Paris durante a visita histórica do presidente Zelensky, com o chanceler Scholz. A Ucrânia demonstrou verdadeira coragem ao iniciar esta conversa com seu plano de paz de dez pontos. Vamos continuar juntos nessa base Lula.
Mesmo com apoio francês, Brasília argumenta que a mediação entre Kiev e Moscou deve ser realizada por países que não estejam envolvidos diretamente no conflito, relata o jornal O Globo. Tanto Paris quanto Berlim enviaram e continuam a enviar grandes pacotes de ajuda militar à Ucrânia.
A Rússia já se posicionou sobre o envio de armas do Ocidente para Kiev e deixou claro que aqueles que as encaminham, também fazem parte do conflito.
O tema deve ser discutido na viagem de Lula à China, que deve acontecer na segunda quinzena de março, escreve a mídia.
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Apesar do encontro amigável ontem (11), a diferença de tratamento dado pelo Brasil e pelos Estados Unidos ao conflito é notória. Enquanto os EUA são um dos maiores financiadores das tropas ucranianas e utiliza a crise para enfraquecer a Rússia, Lula apresenta posicionamentos mais amenos.
O presidente chegou a condenar a operação russa recentemente, mas decidiu não acatar um pedido alemão para enviar munição a Kiev.
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