Operação militar especial russa

Neutra sobre conflito na Ucrânia, Áustria é pressionada para endurecer postura contra a Rússia

A Áustria vem sofrendo uma saraivada de críticas devido à concessão de vistos que permitirão a participação de legisladores russos sancionados em uma reunião da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que ocorrerá em Viena, capital do país.
Sputnik
O país europeu adota equilíbrio ao tentar manter sua posição de longa data de neutralidade durante a operação militar especial da Rússia na Ucrânia, informou a agência Associated Press neste domingo (12).
A postura diplomática austríaca em relação a conflitos militares é mantida desde 1955.
O governo austríaco condenou a abordagem da Rússia na Ucrânia há quase um ano, mas também enfatizou a necessidade de manter relações diplomáticas com Moscou.
A Áustria hospeda vários eventos da Organização das Nações Unidas (ONU). agências e organizações internacionais como a OSCE, que foi estabelecida durante a Guerra Fria como um fórum de diálogo entre o Oriente e o Ocidente.
A Rússia é uma das 57 nações da Europa, América do Norte e Ásia que participam da organização sediada em Viena.
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Moscou planeja enviar delegados para a reunião da OSCE que ocorrerá em 23 e 24 de fevereiro, incluindo 15 legisladores russos que estão sob sanções da União Europeia (UE).
Entre eles estão o vice-presidente da Duma, Pyotr Tolstoy, e o colega parlamentar Leonid Slutsky.
Ainda de acordo com a agência, em uma carta ao chanceler da Áustria, ministros das Relações Exteriores e outras autoridades, 81 delegados da OSCE de 20 países, incluindo França, Canadá, Grã-Bretanha, Polônia e Ucrânia, pediram ao governo austríaco que proibisse a participação dos russos sancionados.
"É importante lembrar que os parlamentares russos são parte integrante do sistema de poder e cúmplices dos crimes que a Rússia comete todos os dias na Ucrânia. Eles não têm lugar em uma instituição encarregada de promover o diálogo sincero e a oposição à guerra", diz a carta enviada ao país.
Ainda de acordo com a Associated Press, o embaixador na OSCE, Michael Carpenter, disse a repórteres na sexta-feira (10) que os delegados russos "não são pessoas que merecem viajar para os países ocidentais".
No entanto, Carpenter acrescentou que "cabe ao governo austríaco determinar se eles vão conceder vistos ou não".
Autoridades austríacas não comentaram a carta.
Em 5 de janeiro, o ministro das Relações Exteriores, Alexander Schallenberg, defendeu a decisão da Áustria de permitir que os russos sancionados entrassem no país, argumentando que era importante manter os canais de comunicação com Moscou abertos.
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