"Não há nenhuma razão para excluir aos atletas russos e belarussos o direito de participar em competições internacionais, em particular quando falamos sobre os Jogos Olímpicos", declarou ele à Franceinfo.
Guy Drut acrescentou que, "como muitos no COI", acredita que "os atletas não devem sofrer" pelas decisões políticas dos líderes de seus países.
"A participação dos atletas [nas competições] não deve ser uma consequência do que está acontecendo na arena política", disse ele.
Anteriormente, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que antes tem declarado que os russos têm o direito para participar nos Jogos Olímpicos em 2024, falou contra a participação dos atletas da Federação da Rússia em competições na capital francesa "enquanto a guerra continua na Ucrânia".
10 de fevereiro 2023, 08:40
O presidente da França, Emmanuel Macron, também afirmou que tem discutido com Vladimir Zelensky a possível não admissão dos atletas russos aos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris.
"O que Emmanuel Macron pensa e o que Anne Hidalgo pensa são problemas seus. A decisão será tomada pelo COI após consultas com todos os membros do comitê e presidentes das federações internacionais", acrescentou Drut.
Ele também ressaltou que a Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos defendem a participação os atletas russos e belarussos nas competições.
O Comitê Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI), defendeu em 25 de fevereiro o retorno dos atletas russos e belarussos às competições internacionais com status neutro, ao mesmo tempo, ele propôs não admitir os atletas que apoiaram ativamente a operação especial na Ucrânia.
O Comitê Olímpico Nacional da Ucrânia, em resposta, disse que pede ao COI para não permitir que atletas russos e belarussos compitam em qualquer forma enquanto continua a operação militar especial. A parte ucraniana também ameaçou boicotar os Jogos Olímpicos de Paris.