Cerca de 50 nações participarão do evento, incluindo China e Estados Unidos, e terá os Países Baixos como anfitrião e a Coreia do Sul como coanfitriã. Esse será a primeira cúpula do gênero a acontecer em todo o mundo, e ocorre quando o interesse pela IA de forma mais ampla está em alta após o lançamento do programa ChatGPT há dois meses.
"Esta é uma ideia para a qual chegou a hora. Estamos dando o primeiro passo para articular e trabalhar em direção ao que será o uso responsável da IA nas Forças Armadas. […] Estamos entrando em um campo que não conhecemos, para o qual não temos diretrizes, regras, estruturas ou acordos. Mas precisaremos deles mais cedo ou mais tarde", disse o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Wopke Hoekstra, citado pela Reuters.
A ideia da cúpula é dialogar para que aconteça uma definição de termos, no sentido de como a IA pode ser usada com segurança para acelerar a tomada de decisões em um contexto militar e como ela pode ser usada para identificar alvos legítimos.
Embora não esteja claro se os países participantes concordarão em endossar até mesmo uma fraca declaração de princípios, a cúpula pode ser um passo inicial para um dia desenvolver um tratado internacional de armas sobre IA, embora isso seja visto como distante, observa a mídia.
Até agora, as principais nações relutaram em concordar com quaisquer limitações ao seu uso, por medo de que isso pudesse colocá-las em desvantagem.
Além do evento, cerca de 2.000 pessoas, incluindo especialistas e acadêmicos, participarão de uma conferência paralela à cúpula, com tópicos de discussão como drones assassinos e robôs de abate.