Operação militar especial russa

'OTAN é organização hostil' à Rússia, afirma porta-voz do Kremlin

Aliança militar ocidental demonstra sua hostilidade contra a Rússia diariamente, diz Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin.
Sputnik
O envolvimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito na Ucrânia está se tornando mais óbvio a cada dia apesar das afirmações em contrário, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça-feira (14).

"A OTAN é uma organização hostil a nós", disse Peskov a repórteres. "Eles estão confirmando essa hostilidade todos os dias e estão se esforçando para tornar seu envolvimento no conflito em torno da Ucrânia muito mais claro."

Operação militar especial russa
Pentágono admite possível queda de Artyomovsk e diz que não há 'impacto estratégico' no conflito
Peskov disse que as atividades da coalizão militar exigem "certas medidas de precaução" por parte de Moscou.
Ele observou que a aliança liderada pelos EUA compartilhou inteligência com a Ucrânia e que "toda a infraestrutura militar da OTAN está trabalhando contra a Rússia".
Moscou lançou sua operação militar na Ucrânia há quase um ano, citando a necessidade de proteger o povo de Donbass e o fracasso de Kiev em implementar os acordos de Minsk de 2014–2015.
Desde então a OTAN forneceu a Kiev armas pesadas, incluindo vários lançadores de foguetes, armas antitanque, veículos blindados e artilharia.
A organização também treinou tropas ucranianas.
Panorama internacional
Bloomberg: OTAN pode assinar novo manual sobre participação em conflitos de alta intensidade
Apesar disso, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou em uma entrevista coletiva na segunda-feira (13) que a aliança não era uma "parte no conflito".
No entanto Stoltenberg observou que, desde 2014, a OTAN "implementa os maiores reforços de defesa coletiva em uma geração", destacando forças adicionais perto das fronteiras da Rússia.
Moscou enfatizou repetidamente que considera o estabelecimento dos locais militares da coalizão no flanco oriental uma ameaça.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, afirmou em um debate parlamentar no mês passado que a União Europeia estava "travando uma guerra contra a Rússia".
A chancelaria russa reagiu imediatamente à declaração e pediu que a Alemanha explicasse seu envolvimento no conflito.
No último sábado (11), ela alegou que cometeu um erro, mas também argumentou que suas palavras foram mal interpretadas.
Operação militar especial russa
Tentativa desesperada de vencer a Rússia compromete OTAN e aproxima EUA da catástrofe
Os apoiadores de Kiev se reunirão em Bruxelas nesta terça-feira (14) para discutir mais apoio à Ucrânia.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse a repórteres na chegada que os países ocidentais pretendiam "ajudar a Ucrânia a resistir e avançar durante a contraofensiva da primavera [europeia]".

Vários Estados, incluindo os EUA, o Reino Unido e a Alemanha, prometeram anteriormente fornecer a Kiev os principais tanques de batalha modernos.
Moscou alertou que mais armas estrangeiras aumentarão ainda mais o conflito, prometendo que tanques e outras armas fornecidas pelo Ocidente seriam tratados como alvos legítimos pelas tropas russas.
Comentar