Em entrevista ao jornal O Globo nesta terça-feira (14), Bivar falou sobre o ex-juiz, Sergio Moro, que se elegeu senador pela legenda e diz que será oposição mesmo com a sigla tendo três ministros no governo Lula e ainda está negociando outros cargos.
O presidente disse que Moro vai votar como quiser e que não será coagido por ninguém, mas que cabe a ele lembrar do partido "que investiu nele dinheiro e tempo de televisão".
"Precisamos debater o papel de pessoas eleitas para cargos majoritários, mas que precisam ter um mínimo de fidelidade partidária. Precisamos rever a legislação junto ao TSE e fazer com que exista um vínculo entre o partido e o político. Afinal, a legenda investiu nele dinheiro e tempo de televisão. Moro vai votar como quiser, não será coagido por ninguém, mesmo porque não tem cargos no governo. Mas ele e os demais saberão qual é a posição oficial do partido, e quem se sentir incomodado poderá sair sem qualquer prejuízo. Como tapar o Sol com a peneira?", indagou Bivar na entrevista à mídia.
Entretanto, segundo Moro, "a decisão de algumas pessoas [do União Brasil] integrarem o governo é delas", e ele não tem "nenhuma relação com isso".
"[…] Eu, desde o início, me posicionei como oposição racional e democrática. Não acredito nas pautas do PT. Fechamento da economia, fim das privatizações, a tentativa de destruir o regime de metas de inflação, ausência de combate à corrupção. Sou contra tudo isso", disse Moro, de acordo com o jornal.
O ex-juiz chegou a ser convidado a se filiar ao partido Novo, mas negou ter intenção de trocar de sigla e disse, em nota, que "respeita o Novo, mas está firme no União Brasil". Sua esposa, Rosangela Moro, também se elegeu como deputada federal pelo União Brasil em São Paulo.