Embora apenas um dos artefatos voadores abatidos nos últimos dias tenha origem chinesa, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, sugeriu a possibilidade de esses objetos serem a prova de que Pequim e Moscou "estão aumentando as atividades de vigilância e inteligência" em várias partes do planeta.
Washington afirma que o balão chinês foi lançado para fins de espionagem, mas Pequim aponta que o objeto se tratava de uma sonda meteorológica perdida. O governo de Xi Jinping informou que o balão abatido em 4 de fevereiro era de origem chinesa, mas não tinha fins militares ou de espionagem.
"Pedimos ao OTAN para parar de acusar infundadamente China, parar de criar inimigos imaginários e parar de exceder limites e agir no interesse da paz e estabilidade mundiais", afirmou Wenbin, em entrevista coletiva.
Nesta terça-feira (14), o porta-voz chinês apontou que, em termos de vigilância, os Estados Unidos são o líder global na espionagem de outros países.
Segundo ele, a comunidade internacional, incluindo a Europa, pode confirmar o fato, uma vez que foram vítimas de espionagem pela nação norte-americana: "Eles têm experiência pessoal neste assunto", disse.
Além disso, de acordo com Wang Wenbin, apenas no ano passado, "balões aerostatáticos dos EUA sobrevoaram ilegalmente por mais de dez vezes o território da China", disse o porta-voz da chancelaria, em entrevista à imprensa.