A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou o abate de um objeto não identificado que sobrevoava o espaço aéreo do país, no dia 4 de fevereiro, que acabou sendo um balão meteorológico chinês.
Seis dias mais tarde, em 10 de fevereiro, agências de segurança do país norte-americano informaram ter abatido um novo objeto não identificado avistado sobre as águas norte-americanas no Alasca, enquanto, no dia seguinte, autoridades canadianas informaram sobre a detecção e o abate de um objeto similar sobre o território de Yukon, no noroeste do país.
"O presidente, através de seu conselheiro de Segurança Nacional, ordenou hoje [13 de fevereiro] a criação de uma equipe interagências para examinar as implicações políticas da detecção, análise e eliminação de objetos aéreos não identificados que representem um risco para a segurança", afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
Avistamentos de OVNIs (ou UFO, na sigla em inglês) têm ocorrido também na América Latina. Em 10 de fevereiro, as autoridades uruguaias informaram sobre o início de uma investigação para esclarecer as múltiplas denúncias de avistamentos na cidade de Paysandú.
"Diante das denúncias recebidas sobre o avistamento de luzes intermitentes no céu, foi organizada a intervenção da Comissão Receptora e Investigadora de Denúncias de Objetos Voadores Não Identificados [Cridovni]", informou a Força Aérea Uruguaia.
Pesquisa de OVNIs na América Latina
Muitos países da região contam com órgãos de monitoramento aéreo, tanto militares como de vigilância aérea civil e, inclusive, de investigação. No entanto, não é do conhecimento público o fato de muitas das instituições aeronáuticas terem organismos que procuram sistematizar a informação sobre os avistamentos de OVNIs.
O Uruguai é um dos países mais avançados na matéria. A Força Aérea uruguaia criou em 1979 a comissão acima referida.
A Cridovni recolhe informações com o objetivo de "complementar as tarefas do controlo de tráfego aéreo, devido às reiteradas denúncias por parte da população sobre o avistamento de objetos voadores não identificados, recebe, estuda e avalia as denúncias de avistamentos de OVNIs no espaço aéreo nacional, âmbito de competência da Força Aérea Uruguaia", afirma a instituição militar.
Em 1997, a Força Aérea do Chile estabeleceu o Comitê de Estudo de Fenômenos Aéreos Anômalos, com o objetivo de "coletar, estudar, analisar e classificar toda a informação relativa a fenômenos aéreos estranhos, reportados no espaço aéreo nacional".
O organismo foi idealizado em substituição da Comissão Chilena para Estudos de Fenômenos Espaciais Não Identificados, nascida no quadro da Oficina Meteorológica Nacional em 1968, e que funcionou até 1975, afirma a Direção-Geral de Aeronáutica Civil do Chile.
A Argentina conta com o Centro de Identificação Aeroespacial pertencente à Força Aérea argentina, inaugurado em 2019 em substituição da Comissão de Estudo de Fenômenos Aeroespaciais (CEFAe) de 2011.
O Centro de Identificação Aeroespacial tem entre suas tarefas "organizar, coordenar e executar a investigação e análise de eventos, atividades ou elementos presentes ou originados no espaço aéreo; identificar suas causas e informar as conclusões aos organismos pertinentes que delas necessitem".