Conforme informou o The Wall Streel Journal, autoridades norte-americanas estão considerando enviar à Ucrânia mais de 5 mil rifles, 1,6 milhão de cartuchos de munição para armas pequenas, alguns mísseis antitanque e mais de 7.000 espoletas de proximidade que foram apreendidos nos últimos meses de contrabandistas que atuam na costa do Iêmen. Segundo os EUA, os grupos seriam ligados ao Irã.
Essa medida promove uma manobra nas normas da Organização das Nações Unidas (ONU) referentes ao embargo de armas aos houthis no Iêmen. Os carregamentos apreendidos até então eram incinerados.
Segundo o jornal, os defensores da ideia afirmam que o presidente dos EUA, Joe Biden, "pode resolver a questão legal redigindo uma ordem executiva ou trabalhando com o Congresso para capacitar os EUA a apreender as armas sob as autoridades de confisco civil e enviá-las para a Ucrânia".
"É uma mensagem para pegar as armas destinadas a armar os representantes do Irã e invertê-las para alcançar nossas prioridades na Ucrânia, onde o Irã está fornecendo armas para a Rússia", disse um funcionário não-identificado dos EUA ao jornal.
O Ocidente tem tido problemas para manter o financiamento de armas e munições à Ucrânia. Tanto pela falta de estoques quanto pelo planejamento logístico. Segundo o The Washington Post, os países ocidentais não conseguirão fornecer todos os equipamentos prometidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) à Ucrânia de uma vez só.
A Rússia enviou uma nota aos países da OTAN sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O chanceler russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que os países da OTAN "estão brincando com fogo" ao fornecerem armas à Ucrânia. O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, observou que o bombeamento da Ucrânia com armas pelo Ocidente não contribui para o sucesso das negociações entre a Rússia e a Ucrânia e terá um efeito negativo.