A China sancionou as empreiteiras norte-americanas Lockheed Martin e Raytheon por suas vendas militares a Taiwan, relatou na quinta-feira (16) a agência britânica Reuters.
Lockheed Martin e Raytheon não têm negócios de defesa com a China, mas, de acordo com a agência norte-americana Associated Press, "alguns empreiteiros militares também têm negócios civis no setor aeroespacial e em outros mercados" do país asiático. As empresas têm assinado acordos de venda para a ilha autogovernada ao longo dos anos.
Taiwan é considerado por Pequim uma província renegada, cuja separação do continente em 1949 nunca foi reconhecida, apesar de relações não oficiais terem sido retomadas na década de 1980.
As Lockheed Martin e Raytheon passaram a integrar uma "lista de entidades não confiáveis", já não podendo "participar de atividades de importação e exportação relacionadas com a China" e investir lá. Além disso, as empresas foram multadas por valores que excedem em duas vezes os valores dos contratos militares com Taiwan, a chefia deixa de poder entrar no país e as equipes das empreiteiras tiveram suas autorizações de residência na República Popular da China anuladas.
Em fevereiro de 2022, a China sancionou ambas as companhias norte-americanas por um contrato de US$ 100 milhões (R$ 526 milhões) feito com Taiwan, e semelhantes medidas foram tomadas em 2019 e 2020.