De acordo com a universidade, trata-se de uma explosão mil vezes mais brilhante que a de uma nova clássica e que é conhecida como kilonova, um evento astronômico pouco estudado que ocorre quando duas estrelas de nêutrons se fundem.
As estrelas de nêutrons são extremamente compactas e compostas principalmente de nêutrons, tendo apenas 20 quilômetros de diâmetro, podem pesar quase duas vezes mais que o Sol.
Representação gráfica de uma explosão esférica
© Foto / Albert Sneppen
Apesar de seu tamanho e alta densidade, uma estrela de nêutrons pode ter campos magnéticos um milhão de vezes mais fortes que os campos magnéticos mais potentes da Terra.
"Temos duas estrelas supercompactas que orbitam entre si 100 vezes por segundo antes de entrarem em colapso. Nossa intuição, e todos os modelos anteriores, indicam que a nuvem explosiva criada pela colisão deve ter uma forma plana e consideravelmente assimétrica", afirma Albert Sneppen, estudante de doutorado no Instituto Niels Bohr e primeiro autor do estudo publicado na revista Nature.
Contudo, esta kilonova era completamente simétrica e tinha uma forma muito similar a uma esfera perfeita.
"Não faz sentido ser esférica, como uma bola. Porém, nossos cálculos mostram que é. Provavelmente, isso significa que as teorias e simulações de kilonovas que temos considerado durante os últimos 25 anos carecem de física importante", afirmou Darach Watson, professor associado do Instituto Niel Bohr e segundo autor do estudo.
A descoberta pode fornecer uma nova chave para a física fundamental e ajudar a calcular a idade do Universo.