Panorama internacional

Livro branco da Coreia do Sul volta a descrever Coreia do Norte como país inimigo

Yoon Suk-yeol, presidente sul-coreano, discursa durante mensagem de Ano Novo ao país no escritório presidencial em Seul, Coreia do Sul, 1º de janeiro de 2023
Seis anos depois, Seul qualificou de novo Pyongyang como um Estado hostil, citando vários incidentes e desenvolvimentos militares em 2022.
Sputnik
A Coreia do Sul publicou na quinta-feira (16) seu último livro branco de defesa, no qual descreve a Coreia do Norte como país inimigo pela primeira vez em seis anos, de acordo com a agência sul-coreana Yonhap.
O documento fala de um crescente arsenal de armas nucleares, particularmente no estoque de plutônio, e mísseis do Norte, e também de suas capacidades militares convencionais.
Assim, para aumentar seu estoque nuclear, a Coreia do Norte continuaria reprocessando o combustível usado de seu reator, e possui cerca de 70 kg de plutônio de grau de armamento, acima dos 50 kg estimados no relatório anterior.
Segundo o texto, Pyongyang também garantiu quantidades "substanciais" de urânio altamente enriquecido" e "nível significativo de capacidade" para miniaturizar bombas atômicas através de seis testes nucleares, uma descrição que permanece inalterada desde 2018.
"Nossos militares estão reforçando a vigilância à medida que a possibilidade de um teste nuclear adicional está aumentando", disse o jornal, citando a restauração no ano passado de túneis previamente destruídos no local de testes do Norte.
O jornal também alegou que só no ano passado a Coreia do Norte violou 15 vezes um pacto militar intercoreano de 2018 que proibia as hostilidades, incluindo com a intrusão de drones em dezembro, fogo de artilharia dentro de uma zona militar neutra, e mísseis lançados através da fronteira marítima de facto para o lado sul da península em novembro.
O livro branco também acusou Pyongyang de fazer provocações cibernéticas e militares.
"Como a Coreia do Norte continua representando ameaças militares sem abrir mão das armas nucleares, seu regime e os militares, que são os principais agentes da execução, são nossos inimigos", diz.
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