Panorama internacional

Nuland diz que daria Prêmio Nobel a Netanyahu se 'ele retirar Putin da Ucrânia'

A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, disse durante uma conversa no Fundo Carnegie para a Paz Internacional que daria o Prêmio Nobel ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se ele usar sua influência para ajudar a pôr fim à operação militar da Rússia na Ucrânia.
Sputnik
"Se Bibi Netanyahu conseguir tirar Putin da Ucrânia, eu vou lhe dar o Prêmio Nobel", disse Nuland na quinta-feira (16).
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, já reagiu às palavras da subsecretária de Estado, escrevendo que não sabia que Nuland toma decisões pelo Comitê Nobel.

"Victoria, [seria] melhor [dar o Prêmio] para a resolução do conflito no Oriente Médio e para a plena existência do Estado da Palestina. Ou isso é completamente irrealista? Ou talvez a primavera afete desta maneira os funcionários da Casa Branca? A propósito, eu não sabia que era Nuland quem tomava as decisões do Comitê Nobel", escreveu Zakharova em seu сanal no Telegram.

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No início deste mês de fevereiro, o primeiro-ministro israelense disse em uma entrevista para o canal de notícias norte-americano CNN que está considerando fornecer assistência militar à Ucrânia, inclusive entregar o seu sistema de defesa antiaérea Cúpula de Ferro.
Logo após a entrevista, o ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, confirmou que Israel prometeu fornecer a Kiev a tecnologia de alerta de ameaças aéreas, como mísseis e drones.
Em meados de outubro passado, o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, disse que Israel não poderia mais fornecer material bélico para a Ucrânia devido a "razões operacionais". Ao mesmo tempo, ele prometeu que Israel ajudaria os ucranianos a desenvolver um sistema de alerta de ataque aéreo e forneceria ajuda humanitária.
Os países ocidentais aumentaram seu apoio militar à Ucrânia depois que a Rússia lançou uma operação militar no país em 24 de fevereiro de 2022. Em abril, Moscou enviou uma nota aos Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) condenando sua assistência militar a Kiev.
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