O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está empenhado em despolitizar as relações com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), sem que a empreitada tenha contornos de perseguição a bolsonaristas.
Segundo noticiou o portal Metrópoles, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Flávio Dino, considera que atualmente há dois tipos de agentes na corporação: os que votaram em Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, e são a favor dos atos contra as instituições democráticas de 8 de janeiro; e os que votaram em Bolsonaro, mas não concordaram com os atos. A pasta acredita que a parcela de agentes pró-Lula dentro da corporação é pequena.
Por conta disso, Lula não pretende iniciar um embate ideológico, com perseguição a agentes bolsonaristas. A ideia do presidente da República é apenas colocar a PRF de volta ao seu papel constitucional, de fiscalizar estradas, e reverter o excesso de atribuições vivenciada na gestão Bolsonaro.
De acordo com o portal, Dino fez um aceno nesse sentido durante a cerimônia de posse do novo diretor da PRF, Antonio Fernando Oliveira, em fevereiro, quando afirmou que agentes que apoiam atos contra a democracia não representam a corporação.