Com o objetivo de que o lítio mexicano não possa ser explorado por nenhum país estrangeiro, o decreto sobre a nacionalização da matéria-prima declara um território de 234.855 hectares como zona de reserva.
Com isso, todas as reservas de lítio do país serão entregues ao Ministério da Energia (Sener).
Decreto sobre a nacionalização do lítio, de Sonora.
O decreto foi assinado durante um ato presidencial no município de Bacadéhuachi, localizado no estado de Sonora.
"Vamos nacionalizar o lítio para que não seja explorado por estrangeiros, nem da Rússia, nem da China, nem dos Estados Unidos, o petróleo e o lítio são da nação, do povo do México", disse o presidente durante a cerimônia.
Agora, segundo palavras de López Obrador, vem a parte tecnológica do processo, "porque aqui o lítio está na argila e não está na rocha".
Ao contrário da Bolívia, Chile e Argentina, a matéria-prima encontrada no México requer tratamento e processamento para ser separada da argila.
O presidente lembrou que o lítio é o principal insumo para a produção de baterias de carros elétricos.
O decreto é mais um passo do governo mexicano para dar prosseguimento às determinações da Lei de Mineração de abril de 2022, que mudou uma série de regras para o setor, tornando mais difícil a participação de empresas estrangeiras.