As informações foram confirmadas por Marcel Fratzscher, presidente do Instituto Alemão para Pesquisa Econômica (DIW Berlin).
"A guerra na Ucrânia e a explosão associada nos preços de energia custaram à Alemanha quase [...] 100 bilhões de euros [R$ 551,57 bilhões] em produção econômica em 2022", disse Fratzscher ao jornal Rheinische Post, acrescentando que esses custos continuarão a aumentar nos próximos anos.
Fratzscher disse que a Alemanha foi mais afetada economicamente pela crise porque é mais dependente da energia russa, tem uma alta proporção de indústria intensiva em energia e "é extremamente dependente de exportações e cadeias de suprimentos globais".
Ontem (19), Peter Adrian, chefe da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK), disse, citado pela Reuters, que "as perspectivas de crescimento para 2023 e 2024 também são menores do que em muitos outros países".
Ele explicou que após a decisão de bloquear o combustível russo, a indústria alemã deve pagar cerca de 40% a mais por energia em 2023 do que em 2021.
Ter escolhido sancionar e interromper o fluxo de gás russo para a Alemanha custará à economia do país cerca de 160 bilhões de euros (R$ 883 bilhões), ou quase 4% de sua produção interna bruta em perda de criação de valor até o fim do ano, complementou o chefe da DIHK.